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sábado, 23 de fevereiro de 2019

O Futuro dos Pequenos Produtores de Leite

O fim da Bolha das Commodities.

Desde 2004 houve uma variação espetacular nos preços das commodities, a chamada bolha que impactaram diretamente os produtores de leite que utilizavam o sistema de confinamento obrigando-os a buscar sempre a maior produção por animal, para terem lucratividade num cenário de  custos muito altos e   preços que,  embora tenham aumentado logo sofreram  as flutuações tradicionais colocando muitos em dificuldade, principalmente os pequenos com pouca capacidade de investimentos. Os maiores, em busca do lucro, trataram de produzir mais ainda o que se aumentava a lucratividade do negócio, por outro lado acabava colocando uma pressão de baixa nos proprios preços.

Nos EUA as coisas aconteceram de modo mais dramático que aqui, pois os produtores induastrias com mais de 1.000 vacas já estão produzindo quase 40% dos 90 bilhoes de litros produzidos anualmnete ali, ou seja produzem mais que o Brasil.. E eles são apenas 200, acreditem ou nao.

Os pequenos produtores de lá entraram em cloapso nos ultimos 3 anos com um custo de 40 cents por litro e recebendo apenas 30 cents. A maioria segue o mesmo modelo, com gado recebendo silagem e muito concentrado. Para piorar a situação Wallmart e Kroger entraram no processamento de leite deixando laticínios e produtores sem ter para quem vender em algumas regiões, levando a um alto índice de suicídios na zona rual pois nunca enfrentaram um paradigma destes.

O Brasil que tem alta disponibilidade de terras e ainda muitos produtores  produzindo como na India, uma média muito baixa com gado quase eminentemente a pasto, usando as mesmas técnicas de antigas gerações, conseguem sobreviver. Aqueles que possuem mais terras consorciando leite, corte e às vezes agricultura. Os de pouca terra, que usam técnicas semelhantes às dos grandes produtores se viram numa encruzilhada que resultou em grandes manifestações contrárias  às importações de leite, mas não é apenas este o problema.

Solução americana para os pequenos produtores

O papa da revolução na nutrição americana, o grande responsável pela altissima produtividade da vacas ali, em visita a Nova Zelândia ficou  encantado com o sistema empregado ali, com vacas quase que exclusivamente a pasto e média produtividade e boa lucratividade. E mudou sua maneira de pensar.

Claro que, para um produtor industrial  de mais de 2000  vacas, o sistema a pasto e mais complicado´e depende muito da diaponibilidde de água do clima mas, para os pequenos e médios ele se tornou interessante, principalmente com a onda do leite orgânico que começou lentamente na década de 90 e já fez com que 10 a 25% dos produtores americanos migrassem para a produção de leite a pasto. A vantagem lá ao contrário daquit é que, tanto o leite orgânico quanto o a pasto é muito melhor remunerado que o o leite tradicional de confinadores, que já sofrem uma campanha de depreciação de seu produto o qual é chamado de ralo, aguado.

O mesmo acontece com a carne produzida a pasto que custa 30% mais cara. Lá já existem cooperativas que só trabalham com produtores orgânicos.

E Wallmart e Kroger com suas plantas de processamento de leite que proibiram já proibiramp seus  produtores associados de usarem BST (Boostin ou Lactotropin) em suas vacas indicando uma migração gradual para o leite orgânico.

O Fim do Boostin e Lactotropin?

A somatropina desenvolvida pela Monsanto que sabiamente a vendeu para outro laboratório, desde  2008 conforme pesquisa realizada na Universidade do canadá, embora aumente em 16% a produção de leite também  aumenta em 55% os problemas de casco bem como a incidência de mastites e ai a coisa pega pois, o risco de de resitencia a antibioticos em humanos em vacas tratadas comproblemas de mastite e real e hospitais e os grandes varejistas simplesmente baniram o leite proveniente de vacas que recebiam BST.   Canadá, Nova Zelândia, Austrália e na maior parte da Europa já proibem o uso do BST.

Leite orgânico no Brasil

Ainda caro  para o consumidor de 5 a 6 reais o litro e vai atrair cada vez mais a população de alta renda e também os produtores ávidos por lucro.

Existe uma diferença basbás entre o pequeno produtor americano e o brasileiro. O americano tem a mesma vida árdua do brasileiro popor ele quer viver no campo mas não abre mão do  conforto, ou seja precisa produzir 5 a 6 mil Kg de leite por vaca em cada lactação. O brasileiro produz o que o pasto permite e vive de acordo mas, cada vez mais a vida no campo fica mais cara e logo tamtam o produtor brasileiro vai ter que utilizar técnicas que permitam a ele uma maior produtividade e consequentemente maior lucro. Os que não quiserem investir vão deixar esta atividade indo para cidades ou produzindo outras commodities na fazenda.

3 comentários:

  1. Rogério, você acha que temos um bom mercado pra leite orgânico aqui no Brasil?

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Lucas eu fiz uma pesquisa no Google por imagens e me surpreendi com a quantidade de leite orgânico envasado existente no Brasil. Custa caro 6 reais o litro. Agora eu não sei o tamanho deste mercado mas acredite todo mundo no futuro só vai querer organico

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